Jornal Cidade S/A - 4ª Edição - page 8

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divulgação
fácil
Praticidade e higiene na garapa industrializada
Tendências
Caldo de cana pra viagem
Famosa garapa agora é embalada e exportada; prazo de validade chega a oito meses
visão
Luques aproveitou e achou uma oportunidade de negócio
| ingrid alves
Conhecida por seu modo
simples de produção e sabor
doce e agradável, a famosa ga-
rapa está ultrapassando fron-
teiras. Isso porque algumas
empresas brasileiras estão pro-
duzindo a bebida em grande
escala, embalando e exportan-
do.
Pelo menos duas empresas
brasileiras desenvolveram sis-
temas industriais para proces-
sar a bebida, que pode durar
em média oito meses engarra-
fada (a garapa tradicionalmen-
te é extremamente perecível).
A Susten, indústria de alimen-
tos com sede em Alumínio
(SP) lançou o Kanaí, há 1 ano.
A ideia surgiu quando o
engenheiro Rafael Tadeu Lu-
ques, que inventou e paten-
teou o processo, viajava com
um amigo francês, há 3 anos,
pelo interior de Minas Gerais.
“Esse amigo provou a garapa,
gostou e quis levar para a famí-
lia na França. Só que não tinha
como fazer isso porque ela es-
traga fácil”, diz.
Luques viu, então, uma
possibilidade de negócio. Ele
diz que investiu cerca de R$
100 mil desde os primeiros
testes em laboratório até a
aprovação final do produto.
Na empresa, sustentabilidade
é a palavra chave. Depois de
esmagado, o bagaço da cana
abastece a caldeira que aquece
a água da fábrica. Hoje, a em-
presa produz 100 mil garrafas
por mês, mas tem capacidade
para fabricar até um milhão
de unidades. O faturamento
varia entre R$ 100 mil e R$
150 mil, por mês. A expectati-
va de Luques é chegar a meio
milhão de reais, no próximo
ano. Para isso, ele busca novos
mercados. Além da venda no
país, o produto engarrafado já
é exportado para países como
Suíça, Itália, Portugal e Espa-
nha. Os Estados Unidos serão
os próximos.
.
Nordeste
Outra empresa que está
investindo na produção de
caldo de cana é a Jandaia,
inicialmente para o merca-
do nordestino. A ideia surgiu
também para garantir a higie-
ne e a praticidade no consu-
mo da bebida. A previsão para
lançamento no sudeste do
Brasil é meados de 2014.
A produção é feita atra-
vés de um processo próprio
e verticalizado e a empresa
espera crescer cerca de 20%
por trimestre. Por enquanto,
a matéria prima utilizada é de
produtores locais (Ceará) mas
passará a ser própria com os
canaviais das fazendas da em-
presa.
Essa pode não ser uma al-
ternativa para a utilização da
cana de açúcar produzida no
Brasil pela quantidade ainda
pequena do consumo da be-
bida, mas é com certeza mais
uma utilização dessa matéria
prima tão importante para a
economia brasileira.
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