Jornal TRIBUNA IMPRESSA - 08/12/2013 - page 11

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Araraquara, 8 de dezembro de 2013
Tribuna Impressa
Economia
Quanto tempo
falta para me
aposentar?
Cada dia que passa, o
trabalhador fica mais pró-
ximo da aposentadoria.
A conta é simples. O
homem precisa trabalhar
12.775 dias para conse-
guir a aposentadoria por
tempo de contribuição e a
mulher tem que trabalhar
10.950 dias para obter o
mesmo benefício. Mas se a
conta é tão simples assim,
porque tem tanta gente
que faz essa mesma per-
gunta: quanto tempo falta
para me aposentar?
A resposta também é
simples: por que não exis-
te apenas uma espécie de
aposentadoria e cada uma
delas é calculada de forma
diferente.
Para complicar ain-
da mais a vida do traba-
lhador, há um monte de
regras que valeram no
passado e hoje não valem
mais. Tem também outro
monte de regras que pas-
saram a valer e que não
existiam.
As pessoas ficam des-
norteadas; não têm onde
buscar informações e
quando as encontram não
são iguais.
As informações não
devem ser necessariamen-
te iguais e, mesmo quando
diferentes, podem não ser
contraditórias.
Existem
respostas diferentes para
essa pergunta.
Dependendo da idade
da pessoa, homem ou mu-
lher, pode-se aposentar
com apenas 5.475 dias de
trabalho.
Está vendo? A resposta
é diferente, mas não é con-
traditória.
PULO DO GATO
A história de vida de
cada pessoa e as condições
em que o trabalho foi de-
senvolvido que definirão
quanto tempo será neces-
sário para obter a aposen-
tadoria. É uma viagem no
tempo e assim deve ser
entendida: como uma via-
gem. Ninguém conta os
quilômetros que faltam
para chegar a algum lu-
gar sem antes saber qual
o destino. Também não
saberemos quanto tempo
falta para a aposentadoria
sem antes definir qual be-
nefício será requerido.
COMO DEFINIR O
BENEFÍCIO?
Vários fatores influen-
ciam o planejamento pre-
videnciário que definirá
qual benefício será esco-
lhido: o sexo, a idade, as
condições especiais de tra-
balho, o grau de deficiên-
cia da pessoa (leve, mode-
rada ou grave), o exercício
de atividades públicas ou
privadas e se as contribui-
ções foram feitas por con-
ta própria, como emprega-
do ou desempregado.
Os simuladores e apli-
cativos de tempo de ser-
viço e de contribuição
disponíveis nos sites do
governo e de empresas
privadas ajudam o traba-
lhador a ter uma noção
e uma visibilidade global
da sua situação, mas in-
felizmente não definem
com clareza o que deve
ser feito.
Para definir o benefício
é essencial conhecer todas
as espécies de benefícios e
a forma que cada um deles
é calculado.
Depois é só aplicar esse
conhecimento aos perío-
dos trabalhados e às con-
tribuições pagas ao longo
da vida profissional.
HILÁRIO BOCCHI
e-mail
GERENTE
Vivian é um dos 18
mil empregados do comércio;
setor teve aumento de 4,94% na
média salarial em 2012
KRIS TAVARES/TRIBUNA IMPRESSA
1.994
Foi o número de trabalhado-
res registrados que Arara-
quara perdeu de 2011 para
2012, segundo o Rais
A história de vida de cada pessoa
e as condições em que o trabalho
foi desenvolvido que definirão
quanto tempo será necessário
para obter a aposentadoria.
Comércio emprega 18 mil pessoas
Segundo o presidente do Sincomércio (Sindicato
do Comércio Varejista de Araraquara), Antônio Deliza
Neto, o comércio representa 35% da força de traba-
lho da cidade e emprega cerca de 18 mil pessoas.
Para ele, o aumento de salários do setor reflete
o bom momento econômico vivido pelo País nos úl-
timos anos. “A economia estava aquecida e tivemos
aumento real por quatro anos, acima da inflação.
Com maior renda, aumenta também o consumo”,
afirma. De acordo com Deliza, para 2013 e 2014,
são esperados crescimentos comedidos. “Haverá um
aumento mais equilibrado, uma estabilização.”
Trabalhadores da cidade estão mais escolarizados
O Rais mostra que, de 2011
para 2012, o total de trabalha-
dores registrados na cidade
caiu de 76.983 para 74.989.
A maioria dos que saíram
é de um grau de instrução me-
nor, de analfabetos até o ensino
fundamental.
Ou seja, quem ficou está
ganhando mais, analisa Cícero
Nunes. “Se eu tiro os salários
baixos da fórmula, a média
tende a subir. Esses trabalha-
dores podem ter ido para a in-
formalidade [sem registro em
carteira] ou trocaram de cida-
de”, afirma.
Segundo ele, a tendência
é a mão de obra ter cada vez
mais escolaridade, com for-
mação em cursos técnicos ou
graduação.
“Isso tem crescido por cau-
sa dos incentivos às faculda-
des, como as bolsas. E quanto
maior a instrução, maior é o
salário”, afirma.
Segundo o estudo, o núme-
ro de trabalhadores com ensi-
no médio completo cresceu de
32.470 para 33.952 e representa
a maior parcela.
Os com ensino superior in-
completo caíram de 2.397 para
2.328, enquanto os com gradu-
ação saltaram de 9.466 a 9.630.
Por outro lado, as maio-
res quedas foram entre os
analfabetos (-35%) e até 5ª
série, incompleta (-30%) e
completa (-26%).
O estudo do Ministério do
Trabalho e Emprego também
informa o número de portado-
res de deficiência por ramo de
atividade em Araraquara.
O setor que mais emprega é
o de serviços, com 268 profis-
sionais, seguido pela indústria
de transformação, com 235.
No total, segundo o Rais, eram
621 deficientes trabalhando na
cidade em 2012, contra 527 no
ano anterior.
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