Tribuna Impressa [ nº 5226 Ano 17 Pag. 15 ]

A6 Cidades Araraquara, 7 de janeiro de 2014 Tribuna Impressa LEI SECA EM NÚMEROS MULTA SUBIU DE R$ 957,70 PARA R$ 1.915,40 FONTES:SECRETÁRIA DE SEGURANÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO E POLÍCIA CIVIL 2012 21 A LEI SECA MAIS RÍGIDA ENTROU EM VIGOR 2012 DEZEMBRO 2013 33 22 ARARAQUARA SÃO PAULO - CAPITAL NO ESTADO 2012 2013 4.317 3.902 2012 2013 601 498 MORTES NO TRÂNSITO JANEIRO A NOVEMBRO - 33,3% - 9,6% - 17% 2012 135 2013 203 DETENÇÕES POR EMBRIAGUEZ AO VOLANTE 203 casos de embriaguez ao volante foram flagrados em Araraquara, em 2013 Detenções por embriaguez ao volante sobem 50% em um ano Lei Seca fica mais rígida e número de mortes no trânsito de Araraquara despenca 33,3% de 2013 para 2012 PAULA DOS SANTOS paula.santos@tribunaimpressa.com.br Após a Lei Seca ter ficado mais rígida, há pouco mais de um ano, o número de mortes no trânsito em Araraquara caiu 33,3%. Em 2012 foram 33 mor- tes e, em 2013, esse número caiu para 22 óbitos. No mesmo pe- ríodo, o número de detenções por embriaguez ao volante subiu 50,37% na cidade. De janeiro a novembro de 2012, foram 135 flagrantes. No mesmo período de 2013 foram 203 casos. Segundo o delegado seccio- nal de Araraquara, Fernando Giaretta, o aumento nas prisões por embriaguez ao volante aju- dou a diminuir o número de mortes no trânsito. “O assunto esteve muito na mídia, o que ajudou bastante na conscien- tização. Além disso, teve um caso em Araraquara que cho- cou muita gente e o julgamento foi no ano passado”, conta. ANA CAROLINA O caso citado pelo delegado é o da jovemAna Carolina Miti- tier, que morreu em um aciden- te de trânsito na rua Maurício Galli, em 2011. ( leia mais sobre o acidente abaixo ) O acusado de matá-la esta- va embriagado e foi julgado no ano passado, em júri popular. Ele foi condenado a 16 anos de prisão e teve de pagar uma mul- ta de R$ 50 mil. “É difícil ter um caso assim. Teve muita repercussão e as pes- soas perceberam que existe pu- nição para este tipo de ocorrên- cia”, avalia Giaretta. Em três anos, houve apenas ARQUIVO/TRIBUNA IMPRESSA três situações emque a pessoa foi julgada por conta da embriaguez ao volante, em Araraquara. Nes- te casomais recente, o julgamen- to durou quase dez horas. TENDÊNCIA E não foi só em Araraqua- ra que o número de mortes no trânsito caiu, de 2012 para 2013. No Estado de São Pau- lo, a redução foi de 9,6% — de 4.317 para 3.902. Na Capital, a queda foi de 17% — de 601 para 498. Os casos de acidentes com pessoas feridas também caíram: 5,5% na Capital e 4,6% no Estado. O fato de a lei seca ser mais rígida faz com que os policiais se sintam mais motivados a trabalharem. Não é preciso fi- car procurando ‘pêlo em ovo’, é tudo mais simples, mais claro. Então, é normal o número de detenções subir em Araraqua- ra. Quando há mais condições para se trabalhar, as pessoas fa- zem isso com mais gosto. Isso dá uma maior condição para eles trabalharem, aumentando o número de policiais nas ruas fazendo blitz com o bafômetro. JOSÉ BERNARDES FELEX Especialista em transportes e professor da USP Lei Seca mais rígida dá ‘ânimo’ para policiais ANÁLISE Educação e engenharia ajudaram Segundo o coordenador de Mobilidade Urbana e vice- -prefeito de Araraquara, Coca Ferraz, a redução das mortes no trânsito em Araraquara também é fruto dos projetos educacionais e de engenharia trabalhados em 2013. “Esses dados da Secretaria Estadual de Segurança abrangem até acidentes na margem da ci- dade, como na rodovia Wa- shington Luís. Nós [da Secre- taria Municipal de Trânsito e Transporte] também fizemos um levantamento, que será divulgado em breve. Mas já adianto que houve uma que- da e isso não tem relação só com a Lei Seca”, explica. Coca acredita que o trabalho rea- lizado com as crianças sobre educação no trânsito também influencia nos dados. “Fora isso, também focamos muito nos projetos de engenharia na cidade no ano passado, com melhorias nos semáfo- ros e na sinalização em vários pontos”, completa. ACIDENTE FATAL O acidente que matou Ana Carolina ocorreu em abril de 2011, na rua Maurício Galli. Ela, a mãe e uma tia estavam no carro da família, quando foram atingidas pelo veí- culo de um universitário, que saía de uma festa e não teria respeitado o sinal de ‘pare’. Um laudo apontou que havia pre- sença de álcool no san- gue. O rapaz foi julgado em novembro de 2013. comente! www.araraquara.com

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